segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

CARTILHA HELPLINE




Nova cartilha da SaferNet com ilustrações e Quiz sobre o Helpline BR: um canal de ajuda on-line e gratuito (www.canaldeajuda.org.br) ou (http://www.safernet.org.br/site/webline) criado especialmente para tirar dúvidas sobre perigos na rede e ajudar quem sobre algum tipo de violência, chantagem ou discriminação na internet.


CARTILHA SAFERDIC@S HQ



Compartilhar fotos, namorar, estudar, jogar, conversar e tantas outras atividades do cotidiano on-line são exibidas de forma descontraída nesta versão em quadrinhos da Cartilha SaferDic@s. As personagens vivem diferentes situações na rede e sugerem dicas para que os internautas evitem riscos e exerçam sua cidadania também no ciberespaço. 



PAIS ANALÓGICOS E FILHOS DIGITAIS


Como orientar crianças e adolescentes para o uso ético, seguro e legal das  novas tecnologias?

  Com a Globalização e a inclusão digital, vivenciamos atualmente a “Revolução Digital”, em que nosso grande capital é a informação, o conhecimento, e consequentemente, o “dado eletrônico”, afinal, a   Tecnologia faz parte do nosso cotidiano. Estamos cada vez mais “conectados” através de celulares,  smartphones,  netbooks,  palmtops, Internet móvel... É cada vez maior o número de opções que nos oferecem para que possamos acessar a Web de qualquer lugar.
    Mas será que estamos preparados para essa nova realidade? Será que sabemos nos comportar nos novos ambientes eletrônicos? Será que as crianças e adolescentes, grandes usuários das redes sociais virtuais, utilizam a Internet de forma prudente?
Para responder a essas e outras questões, precisamos compreender a mudança de cenário que tivemos: nas décadas de 80 e 90, muitos pais deixavam seus filhos frequentemente à mercê da televisão, a “babá eletrônica” da época. Hoje, o computador assumiu este papel. Os pais permitem que os filhos passem horas à frente do computador, sem fornecerem-lhes qualquer tipo de orientação sobre alguns riscos que as novas tecnologias trazem.

  Porém, entre a TV dos anos 80/90 e o computador há uma grande diferença: a criança assistia passivamente aos programas televisivos, enquanto com o computador, ela interage.
   A Internet é essencialmente interativa! Temos as salas de bate-papo e os comunicadores instantâneos, através dos quais podemos conversar em tempo real com  qualquer pessoa; os sites de relacionamento, que permitem a criação de comunidades e discussão de assuntos; as redes P2P (peer-to-peer), que possibilitam o compartilhamento de arquivos; os blogs, que permitem a publicação de conteúdo como se fossem diários pessoais; entre outros serviços, sem contar na própria navegação, através da qual o jovem internauta pode clicar em tudo o que lhe aparecer à frente... Tudo isso deixa as crianças e os adolescentes muito vulneráveis aos crimes eletrônicos: calúnia, difamação, injúria, ameaça, pedofilia, induzimento ao suicídio, falsa identidade, fraudes, etc. Além disso, temos outro fator impactante: em geral, os pais não são muito familiarizados com a Tecnologia,  campo em que os mais jovens dominam muito bem, chegando até mesmo a ensinarem os mais velhos.
   Diante desta realidade, não há como você ser um pai analógico se o seu filho é digital! Os pais e educadores precisam entender a linguagem e o comportamento dos mais jovens, mesmo nos ambientes virtuais. Fique atento ao que seu filho faz na Web, ao modo como utiliza os ambientes eletrônicos, converse com ele, inclusive por e-mail e comunicadores, mostre que você também domina este mundo virtual do qual ele tanto gosta. Tenho certeza de que se você orientar seu filho e passar a ser mais “digital” também, trocando até mesmo mensagens eletrônicas com ele, certamente essa atitude irá contribuir positivamente para o relacionamento entre vocês, além de diminuir os riscos de seu filho cair em alguns dos perigos que circulam pela Internet.
    É importante ressaltar que nossas palavras devem ser materializadas pelo nosso exemplo. Lembrando os ensinamentos do Mestre Paulo Freire, “nossa prática não pode ser negadora do nosso discurso.”
Além da orientação no seio da família, é  imprescindível destacar o papel da escola na conscientização dos alunos quanto  ao uso ético, seguro e legal das novas tecnologias. Afinal, “para a maioria das crianças, é a escola que marca o início da sua atuação pública. É na escola que muitas delas vivenciam o primeiro encontro com a sociedade e têm a oportunidade de, por meio da participação, começar a construir sua autonomia e a exercer sua cidadania.”
    A instituição de ensino tem o dever de orientar não somente seus alunos, bem como todos os educadores acerca dos perigos trazidos pelo mundo tecnológico. Como responsável pelos menores no ambiente educacional, a escola deve ensinar seus alunos a como se comportarem nos ambientes virtuais, o certo e o errado da era digital, os perigos trazidos pelo mau uso das ferramentas tecnológicas. Cabe também à instituição alertar os educadores quanto ao uso das tecnologias dentro e fora da sala de aula e sobre como repassar este conhecimento aos seus próprios alunos.
    Além disso, faz-se necessário que a escola também conscientize os pais, para que estes estejam sempre alertas e possam também reforçar a orientação dada aos filhos. Somente com educação, conscientização e capacitação é que poderemos transformar nossas crianças e adolescentes em verdadeiros cidadãos. Precisamos quebrar o estigma de que a Internet é um mundo sem leis e mudarmos alguns conceitos diante da nova realidade em que vivemos.


Autor: Gisele Truzzi
Fonte: Artigo de: Gisele Truzzi Advogada


MENINO CRIA REDE SOCIAL PARA CRIANÇAS



Zachary Marks, 11 anos, responsável pela criação do “Grom Social

Nos Estados Unidos, um menino de 11 anos desenvolveu uma rede social só para crianças. No Brasil, adolescentes interessados em ativismo social recorreram à rede para mobilizar a comunidade. A cada dia surgem exemplos de como a chamada “Geração Y” tem se apropriado da internet, seja para manipular ferramentas já disponíveis ou – por que não – criar novas.
Residente na Flórida, sul dos Estados Unidos, Zachary Marks criou o “Grom Social”, uma rede de relacionamentos especialmente para crianças.  O projeto surgiu depois que o menino foi proibido pelos pais de acessar o Facebook, cujo ingresso é permitido apenas a partir dos 13 anos de idade.

Você sabia?

* 70% dos adolescentes brasileiros entre 9 e 16 anos possuem perfis em redes sociais.
* Dentre eles, um terço teve o primeiro contato com a rede aos 9 ou 10 anos.
* E mais de 50% mente a idade nas redes sociais.

No ar desde novembro de 2011, a rede já conta com 7 mil usuários. Com um layout marcado por desenhos e ilustrações, com diferentes fóruns sobre skate, celebridades e games, o Grom tem acesso restrito a residentes nos EUA e Canadá abaixo dos 15 anos.
E não deve em nada à popular rede de Mark Zuckerberg. Oferece recursos como compartilhamento de imagens, criação de eventos e chats. A grande vantagem é a segurança: os usuários contam com um filtro de linguagem que impede a veiculação de termos chulos ou impróprios para os pequenos. Além disso, o ingresso de adultos só é permitido mediante a aprovação dos pais dos membros.

Natan, 14, criador de um blog que trata dos direitos das crianças.

Natan Haucke, 14, sempre foi ativo em redes sociais e blogs. Ao ingressar no Colégio Profº Olavo Pezzotti, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, passou a integrar o Fórum de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Foca). Com encontros presenciais mensais, as reuniões que discutem questões ligadas aos direitos das crianças e adolescentes chegavam a ter 150 estudantes.
Interessado em contribuir com a organização das atividades e divulgação dos debates, Natan sugeriu reunir todas informações em um blog. Assim surgiu o Focapin, um espaço de compartilhamento entre as crianças do Foca. “A iniciativa mantém os participantes unidos e atualizados”, afirma ele.
Natan conta hoje com a ajuda de colegas para manter o site atualizado. “Cinco pessoas diferentes postam no blog, com dicas de shows e atividades gratuitas do bairro, além dos avisos do Foca”, comemora.

Autor: Flávio Aquistapace

PESQUISA MOSTRA COMO OS ADOLESCENTES USAM INTERNET NO BRASIL



Com intuito de mapear como as crianças e adolescentes estão utilizando a internet no Brasil, o CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil) realizou uma pesquisa com jovens e pais de todas as regiões do Brasil.


A pesquisa mostrou que 70% dos jovens entre 9 e 16 anos têm perfis em redes sociais e 68% usam a internet para navegar em redes sociais. Entre as crianças de 9 a 10 anos, este valor abrange 44% do total. Já entre pré-adolescentes de 11 e 12 anos, o percentual de usuários de redes sociais chega a 71%.
De acordo com o levantamento, a maioria das crianças também afirma mentir a idade nas redes sociais. Um dos motivos para isso pode ser a proibição do Facebook (rede social mais popular do Brasil) para menores de 13 anos.
Pesquisa mostra que jovens estão “hiperconectados”
A pesquisa mostra que os jovens estão se conectando cada vez mais cedo. Um terço dos entrevistados afirmam ter tido o primeiro contato com a internet aos 9 ou 10 anos. A maioria (36%) acessa a internet por meio de computadores, mas o número de crianças que acessa internet via celular chega aos 21%.
Em relação à frequência de acesso, 85% afirmam entrar na web pelo menos uma vez por semana. Já 47% das crianças acessam a internet todos os dias. Entre os pais, o índice de acesso cai. Cerca de 53% dos responsáveis entrevistados afirmam não usar internet.
Tanto contato com o mundo digital faz 75% das crianças entrevistadas acreditarem que sabem mais de internet do que os pais. Esse dado mostra que os adolescentes estão muito mais conectados que os adultos, mas também pode apontar alguns perigos no uso da internet
Pais se mostram preocupados com o que os filhos fazem na internet
O TIC Kids Online Brasil também apontou que o uso da internet por jovens deixa os responsáveis preocupados. Do total de pesquisados, 10% afirma que não têm controle algum do que os filhos fazem online. Apenas 38% dos entrevistados afirmaram ter noção de todas as ações que os filhos realizam na web.
A maior preocupação dos pais em relação ao uso aos filhos na internet é que eles sejam vítimas de um crime. Mais de 50% dos entrevistados ainda têm preocupação com o uso de drogas, contato com desconhecidos e que o desempenho na escola seja prejudicado pela exposição na internet.
Como principal medida de segurança, os pais afirmam olhar o histórico da internet dos filhos. Detalhe: 50% dos usuários de 9 a 16 anos afirmam saber apagar os sites visitados. O relatório completo da pesquisa pode ser acessado no site oficial da pesquisa.

Confira alguns dados da pesquisa Tic kids Brasil

Autor: Edgard Matsuki 
Fonte: Portal EBC